...tenho muitos e continuam a assombrar-me...
Está tudo tão vivo na minha memória...a cara daquele médico desumano, os toques no meu corpo dorido, o cheiro dos corredores, a sala fria, as batas verdes, as enfermeiras, as palavras duras, a minha placenta abandonada num tabuleiro, as dores para me levantar da cama, a falta de informação, o sofrimento a que foi sujeito o meu filho...
Acordo de noite com frio, aquele frio, o mesmo que tinha na sala de operações, sonho e vivo tudo de novo, tremo de medo, como tremi no momento em que me deitei na marquesa e choro as lágrimas reprimidas que não caíram enquanto estive naquele inferno.
À tantos pensamentos a rodopiar na minha cabeça e nenhum encontra lugar onde se arrumar...
Até quando? Até sempre. Nunca esquecerei...
Está tudo tão vivo na minha memória...a cara daquele médico desumano, os toques no meu corpo dorido, o cheiro dos corredores, a sala fria, as batas verdes, as enfermeiras, as palavras duras, a minha placenta abandonada num tabuleiro, as dores para me levantar da cama, a falta de informação, o sofrimento a que foi sujeito o meu filho...
Acordo de noite com frio, aquele frio, o mesmo que tinha na sala de operações, sonho e vivo tudo de novo, tremo de medo, como tremi no momento em que me deitei na marquesa e choro as lágrimas reprimidas que não caíram enquanto estive naquele inferno.
À tantos pensamentos a rodopiar na minha cabeça e nenhum encontra lugar onde se arrumar...
Até quando? Até sempre. Nunca esquecerei...
5 comentários:
Não tenho palavras, não sei que te dizer...
Um grande beijinho para ti e para os homens da casa! **
Pois não, M., eu sei. Nunca esquecerás, como eu nunca esqueci. Mas queria tanto que acreditasses que vais superar essa revolta, esse desalento... Se soubesses como te entendo e revivo o meu primeiro parto nas tuas palavras... Ai como sei o que te vai na cabeça!
Acredita, M.! Acredita com todas as tuas forças, que um dia ultrapassas a revolta e todos te vamos ouvir contar uma outra história. Entretanto, faz o melhor uso que conseguires dessa tua experiência, porque ela tem razão de ser, não aconteceu por acaso.Eu levei mais de 3 anos a entender isto, mas agora é claríssimo. E nem queiras saber o que já ganhei e dei a ganhar com ela...
De novo te digo: gostava muito de conversar contigo. Se o quiseres fazer... hoje, amanhã, daqui a um ano, dois... quando e se quiseres.
Um beijinho para ti e para o lindo Lucas.
Sílvia
Não sei o que te diga, mas vais ver que vais superar isso, agora esquecer... tb passei por isso, só agora é que consegui superar isso, mas tens que pensar só numa coisa no teu filhote e nas alegrias que ele te dá e vai dar.
Pensamento positivo,
beijinho grande
Realmente h´acoisas que só nós é que a sentimos, cada pessoa é tão diferente, eu sinceramente também gostaria de ter tido parto natural, nunca pensei sequer em cesariana e para mim sinceramente o meu parto foi uma frustração. Mas o dar de mamar apazigou este mau sentimento. Espero sinceramente que também consigas viver sem estares constantemente a lembras-te do quanto sofreste por te terem tirada o bébé do teu ventre. Eu hoje sinceramente, vivo muito mais feliz, tento até esquecer, mas depois lemos histórias como a tua e relembramo-nos novamente do que sentimos.
Muita Força
Beijinhos
O nó na garnta e a lágrima no canto do olho ainda aqui estão ao fim de dois meses de vida do meu sobrinho e apesar do seu sorriso lindo!!!!!!
Quando se está com ele, tudo se desvanece, mas no nosso interior fica sempre o aperto da revolta, fica sim, não desaparece nunca.......
Força irmã, sabes que podes contar sempre comigo, sabes que podes partilhar sempre a tua dor comigo, juntas have-mos de conseguir ter um próximo filho dignamente....
Luciana Amieiro & Rita (22 meses)
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